subsp. edulis: Trata-se de um exemplo de gigantismo insular, os caules alcançando 1 m de altura. É uma espécie policárpica.
Forma com Daucus decipiens (= Melanoselinum decipiens) um clado endémico do arquipélago da Madeira – Daucus sect. Melanoselinum (Hoffm.) Spalik, Wojew., Banasiak & Reduron. A anatomia da madeira (estritamente fibrosa e parenquimatosa) difere substancialmente da de Daucus edulis (estritamente fibrosa), sugerindo a evolução independente do hábito lenhoso nas duas espécies, a partir de um antepassado hemicriptofítico, mediterrânico após colonização da Macaronésia. A relação filogenética com D. elegans das Canárias, que apresenta uma base lenhosa, não está inteiramente esclarecida.
Contrariamente ao que sugere o epíteto específico, esta planta não é interessante do ponto de vista gastronómico. Richard Thomas Lowe (1802–1872), em A Manual Flora of Madeira (1857), cita o seu consumo, à falta de outros víveres, pelos pescadores e apanhadores de urzela nas Desertas.
Ocorre apenas na Deserta Grande, presumindo-se extinta nas Selvagens.